PREÇO DA BURRICE: a fuga de capitais DA econômica brasileira
Nos últimos anos, a discussão sobre a saúde econômica do Brasil e suas políticas fiscais tem sido marcada por debates acalorados. No entanto, uma questão que muitas vezes passa despercebida é o efeito real das ações governamentais na circulação de dinheiro e na estabilidade financeira do país. E, infelizmente, a história demonstra que, ao adotar medidas populistas e criar discursos de confronto, o governo pode estar contribuindo para a fuga de capitais e o enfraquecimento da economia brasileira.
Brasil tem enfrentado uma série de desafios econômicos agravados por ações que prejudicam o ambiente de negócios e a confiança dos investidores. Um dos aspectos mais preocupantes é a movimentação de recursos financeiros pelos chamados “mais ricos”, que, de forma hostil ou por estratégias de fuga de capitais, retiraram cerca de R$3,6 trilhões do país.
Essa saída maciça de dinheiro tem impactos profundos na economia nacional. Com menos recursos circulando, há uma redução no fluxo de investimentos internos, o que desacelera a criação de novas empresas e limita a expansão das já existentes. Como consequência, o número de empresários diminui, agravando o quadro de desemprego e dificultando a retomada do crescimento econômico.
Além disso, a menor circulação de dinheiro contribui para o aumento da inflação, já que a oferta de bens e serviços fica restrita em relação à demanda. A combinação de desemprego crescente e inflação elevada cria um cenário de instabilidade, dificultando a vida da população e comprometendo o desenvolvimento sustentável do país.
Recentemente, o presidente Lula (PT) lançou uma narrativa de guerra eleitoral, colocando "ricos x pobres" como pretexto para justificar aumentos de impostos. Embora a intenção possa ser a de redistribuir renda ou arrecadar fundos para programas sociais, a consequência prática é a redução dos recursos disponíveis no Brasil. Como no governo populista e muitas vezes ignorante do amigo Alberto Fernández na Argentina, essa estratégia tem levado ao escoamento de dinheiro para fora do país, agravando a crise econômica local.
Dados do Banco Central, por meio da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior, indicam que, somente em 2024, brasileiros retiraram aproximadamente US$ 654 bilhões — ou cerca de R$ 3,6 trilhões — de suas reservas no país. Essa cifra expressiva mostra uma fuga de capitais que reflete a desconfiança dos investidores e empresários nacionais diante do cenário político-econômico atual. É importante destacar que o Banco Central considera, nessa declaração, apenas pessoas físicas e jurídicas com ativos superiores a US$ 1 milhão investidos no exterior, o que demonstra que essa fuga ocorre em grande escala mesmo entre os investidores mais abastados.
A consequência direta desse fenômeno é um cenário econômico mais difícil: há menos dinheiro circulando na economia, o que diminui os investimentos internos, prejudica as empresas brasileiras, aumenta o desemprego e alimenta a inflação. Tudo isso compromete o crescimento sustentável do país e reduz a qualidade de vida da população.
Além disso, os destinos dessas capitais também ilustram o impacto das políticas econômicas. Os Estados Unidos, por exemplo, receberam US$ 20,9 bilhões em investimentos brasileiros, ocupando a sexta posição entre os principais destinos. Já os Países Baixos lideram, com US$ 95 bilhões, atraindo investidores com um ambiente de negócios mais favorável, segurança jurídica, estabilidade financeira e incentivos para estrangeiros.
A atração dos Países Baixos evidencia uma lição importante: ambientes de negócios sólidos e confiáveis são essenciais para manter e atrair investimentos. Quando o Brasil adota medidas que criam incertezas, aumenta impostos de forma desproporcional ou promove discursos divisivos, perde essa competitividade e incentiva a transferência de recursos para países mais seguros e estáveis.
Em suma, a narrativa de guerra entre "ricos e pobres" e as medidas populistas adotadas pelo governo podem parecer estratégias de curto prazo, mas, na prática, resultam na perda de dinheiro, na fuga de capitais e na deterioração da economia brasileira. Para reverter esse quadro, é fundamental que haja uma mudança de postura, com foco na estabilidade econômica, na segurança jurídica e na atração de investimentos — elementos essenciais para garantir um futuro mais próspero para o Brasil.
Para reverter esse quadro, é fundamental a implementação de políticas que promovam estabilidade econômica, segurança jurídica e incentivo ao empreendedorismo. Somente assim o Brasil conseguirá recuperar sua capacidade de gerar riqueza, fortalecer sua economia e garantir melhores condições de vida para sua população.